









Teletransporte

Me leve para cima, Scotty! Essa é uma frase muito conhecida pelos fãs de Jornada nas Estrelas e até pelo público em geral. Devido à fama da série, esta influenciou muitas pessoas em suas escolhas profissionais. Inclusive, o ator que interpreta o engenheiro da nave, Montgomery Scott, ganhou a titulação de engenheiro honorário por influenciar várias pessoas a se tornarem engenheiras.
A série também influenciou os físicos. Em muitos documentários científicos é possível ouvir os físicos falando sobre alguma tecnologia de Jornada nas Estrelas. Ao longo da segunda metade do século 20 e início do século 21, os físicos deram atenção às tecnologias de Jornada nas Estrelas, e muitos têm o sonho de que elas possam se concretizar. Por exemplo, já existem pesquisas sérias sobre a antimatéria, tricorders e até sobre o teletransporte.
Muito se discute sobre a possibilidade da tecnologia trekker virar realidade. Velocidade de dobra, propulsão de antimatéria, viagens no tempo, teletransporte, tudo isso será possível algum dia? As teorias atuais em física impossibilitam muitas coisas acontecerem. A teoria da relatividade, por exemplo, não permite que possamos viajar mais rápido que a luz pois, a nossa massa aumentaria e precisaríamos de uma quantidade infinita de energia para mover o nosso corpo (e nossa nave).
Com o teletransporte também iríamos precisar de uma imensa quantidade de energia para nos mover para os lugares que queiramos ir. Não seria maravilhoso se teletransportar de casa para a escola, economizando um bom tempo de viagem? A antimatéria pode ser a resposta para essa imensa quantidade de energia que precisamos para realizar o teletransporte e a velocidade de dobra, porém ela é muito rara no universo e fabricá-la ainda é inviável, pois as pesquisas estão muito restritas, mas nada impede de que no futuro isso venha a ser possível.
Qual seria a forma mais rápida para teletransportar uma pessoa?
O objetivo do teletransporte em Jornada nas Estrelas é para que a Enterprise não precise pousar em um planeta. É o meio que possibilita aos tripulantes se deslocarem para os diferentes planetas no momento em que a nave está orbitando e, em algumas ocasiões, de nave para nave.
O número total de átomos em nosso corpo é de cerca de 10^28 (1 seguido de 28 zeros). Considere, por exemplo, um livro de biblioteca. A biblioteca compra um exemplar — ou, para alguns autores sortudos, diversos exemplares — de um livro, que é guardado e emprestado aos leitores, um de cada vez. Mas em uma biblioteca digital, essa mesma informação pode ser armazenada como bits. Um bit é 1 ou 0, que é combinado em grupos de oito, chamados bytes, para representar palavras ou números. Essa informação é armazenada na memória magnética dos computadores, na qual cada bit é uma região magnetizada (1) ou não (0). Assim, um número grande de usuários pode acessar o mesmo local de memória do computador praticamente ao mesmo tempo. Portanto, em uma biblioteca digital, cada habitante da Terra que teria de comprar um livro, hoje em dia pode lê-lo a partir de uma fonte única, sem precisar esperar outra pessoa devolver aquele livro que você quer tanto ler à biblioteca.
Mas e quanto às pessoas? Se vamos movê-las por aí, teremos de mover seus átomos ou apenas sua informação? Mover a informação é muito mais fácil, pois ela pode se movimentar à velocidade da luz. Entretanto, no caso das pessoas, temos dois problemas que não ocorrem com livros: primeiro, é preciso extrair a informação, o que não é fácil, para então recombiná-la com a matéria. As pessoas, ao contrário dos livros, necessitam de átomos.






