









Antimatéria
Quando se fala em antimatéria podem vir muitas coisas na mente. Uma delas é o CERN (Centro Europeu de Pesquisas Nucleares), na Suíça. O CERN ganhou grande destaque na mídia pelas suas pesquisas em física de partículas, a descoberta do bóson de higgs (que explica a origem da massa das outras partículas) e a antimatéria. Quem já leu o livro “Anjos e Demônios” de Dan Brown, provavelmente tem uma noção do que ela possa ser e sua ligação com o CERN. A antimatéria é o combustível da nave Enterprise. É mais eficiente que a propulsão utilizada hoje, no século XXI, pelos foguetes espaciais. O motor da Enterprise, chamado motor de dobra, é abastecido com o par matéria/antimatéria, que quando reagem, formam uma explosão que empurra a nave.
A antimatéria seria basicamente o oposto da matéria. A matéria como a conhecemos é formada por átomos de núcleo positivamente carregado, ou seja, contêm prótons de carga positiva e nêutrons de carga nula. A eletrosfera é composta por elétrons de carga negativa. No caso da antimatéria, o núcleo seria formado por prótons de carga negativa e elétrons orbitando com carga positiva (esses receberam o nome de pósitrons). São partículas “do avesso”. Isso mostra que acabou-se o tempo em que valia aquela explicação de escola: “O próton tem carga elétrica positiva e o elétron tem carga elétrica negativa”. Para cada partícula que conhecemos em nosso mundo, há uma antipartícula.
Os pósitrons foram descobertos em 1932, em raios cósmicos que bombardeavam a atmosfera da Terra. Hoje, antipartículas de todos os tipos são produzidas regularmente em laboratórios, usando-se para isso grandes aceleradores de partículas. Um pósitron tem a mesma massa que o elétron e o mesmo valor absoluto de carga elétrica, mas com sinal oposto. Antiprótons possuem a mesma massa que os prótons, mas são carregados negativamente.
Onde se consegue a antimatéria? Em Jornada nas Estrelas é muito simples, eles usam um dispositivo chamado inversor de carga quântica, em que um próton de carga positiva é passado por esse inversor e sai com carga negativa, aí tem-se o antipróton!




Quando matéria e antimatéria se encontram, o resultado é um jato de energia.
Se uma partícula de antimatéria tocasse o nosso universo de matéria, ele iria explodir inteiro?
Se um alienígena de antimatéria tivesse algum dia posto os pés sobre a Terra, o mundo não teria explodido completamente e se transformado em energia pura. A massa do alienígena seria muito muito menor que a Terra, portanto apenas uma quantidade de massa da Terra equivalente à massa do alienígena teria se transformado em energia. Geralmente se pensa que, se apenas uma antipartícula entrasse em contato com o nosso universo ele iria explodir por inteiro, mas isso não é verdade.
Porque antimatéria como combustível?
Quanto mais rápido o material for lançado para trás, maior será o impulso para a frente que a nave receberá. Isso resume a Terceira Lei de Newton: se você quer ir pra frente jogue algo para trás. E vice-versa. Materiais não podem ser lançados para trás a velocidades maiores do que a da luz. Mesmo seu lançamento à velocidade da luz não é fácil: a única maneira de lançar propelentes para trás à velocidade da luz seria com um combustível feito de matéria e antimatéria, que cancelam-se mutuamente de forma completa, produzindo uma radiação pura que se move à velocidade da luz.
Um componente importante do motor de dobra é o cristal de dilítio. Esse cristal pode regular a taxa de aniquilação matéria-antimatéria, porque afirma-se que é a única forma de matéria que não reage com a antimatéria. Os cristais têm incríveis propriedades (que não tem nada a ver com “poder” ou “mágica”) e são materiais muito exóticos. Se você estudar física, vai perceber como é fascinante o seu estudo. Mas porque ele não “reage” com a antimatéria, os cientistas não sabem, temos apenas esta explicação de Jornada nas Estrelas.

